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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

OVÍDIO ALVES DINIZ,

 


OVÍDIO ALVES DINIZ, natural de Equador, Estado do Rio Grande do Norte, nascido  no dia 14 de novembro de 1920, na zona rural de Equador-RN. Trabalhava no campo, na agricultura, ouvia falar numa guerra distante, mas nunca imaginei que poderia participar um dia.

Quando recebi a carta de convocação, fiquei aperreado, desnorteado, pois ouvi falar que quem ia para a guerra não voltava mais e o Exército viria procurar que se escondesse e os pais teriam que dar conta dos filhos fugitivos. De Equador fomos eu e mais três para Natal num carro chamado "sopa". Me apresentei em Natal e fiquei morando no quartel, onde recebi fardamento e fiquei ouvindo notícias da guerra

Minha família achava que eu não voltava mais, eu era solteiro e não tinha mãe, meu pai me disse que nós iríamos ter toda assistência médica e remédios no Exército: "um homem deve servir pra tudo" dizia meu pai. Meus parentes choraram quando recebi a carta de convocação. Pensei em não ir, mas não teria nenhum futuro em minha terra natal, então resolvi arriscar.

Lá no quartel, onde passei 2 anos, a vida era puxada, tinha muitos superiores chatos que nos mandavam fazer várias coisas. O treinamento de manhã era instrução de guerra no mato, das 7 às  correndo, treinando, às 12h tinha ordem unida. As instruções eram chatas, o que eu achava melhor era a comida. Comíamos à vontade, pela manhã escolhíamos chá ou café. O almoço era muito bom, tinha muita comida. Cheguei lá com 50 kls e logo fiquei com 70 kls. Durante minha estada no quartel, o capitão me deu 6 dias para visitar minha família, mas eu não quis por causa da seca no Seridó

FONTE -  RANIELLI CAVALCANTE DE MACEDO

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